domingo, 22 de abril de 2012

Fórmulas Mágicas de Sobrevivência


Todo mundo tem certeza que te entende e tem a fórmula certa pro seu problema, quando você está com um. Eu mesma muitas vezes julguei ter a resposta pra quem precisasse. Tanta sabedoria não tem levado a tristeza de ninguém embora. Muito menos a minha.

A sua vida toma uma determinada forma, uma estrutura que te faz bem e que você tem certeza de que fez por merecer estar ali. Mas de um dia pro outro, tudo se transforma, é como se um vendaval passasse pela sua vida modificando tudo: isso é o que acontece quando as coisas não dependem só de você.

Daí vem aquela sensação que você já conhece, mas que sempre vem com uma intensidade diferente, de que o mundo caiu na sua cabeça e nada vai conseguir te reerguer - é assim com os mais dramáticos, sentimentalistas, intensos, exagerados -  é assim comigo. E o que fazer nessa hora? Se eu soubesse, garanto que daria um jeito de lucrar com a resposta.

Em suma, o que quero dizer é: se conselhos, opiniões, regrinhas e fórmulas mágicas a respeito da vida fossem funcionais pra alguém, geraria lucro pra quem dá. Dispenso.

É aquilo: não dá pra ficar julgando a dor alheia, porque por mais padronizada que seja a sociedade, ainda existe individualidade e ninguém está dentro de ninguém pra saber de fato, o que é melhor pra pessoa.

Às vezes é melhor se desligar do mundo e ficar ali, curando as feridas da forma que escolher e achar mais válida.  Às vezes é melhor deixar a pessoa no mundo dela, às vezes o silêncio é muito mais oportuno que as palavras. E por hora, meu mundo me parece muito mais seguro que qualquer outro lugar. Cada um sabe qual a melhor fórmula pra sobreviver às decepções da vida. E ela é pessoal e intransferível.


"A cada dia encontro mais gente que sabe, com certeza absoluta, o que é melhor pra mim. Apontam, decepcionados, o caminho que eu deveria ter seguido. Apontam, como última chance, o caminho que devo seguir. Nos seus conselhos, elas só se esquecem de uma coisa: de mim."

Humberto Gessinger

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Palavras desconexas

Esse post é pra vocês que medem a qualidade de seus finais de semana pela quantidade de vezes que saem de casa. Nada contra. Só que atualmente minha cama me parece muito mais interessante. 'Ah, mas você sai com seu namorado'. Com certeza. Além do tempo que ficamos sem nos ver e de querer aproveitar o pouco tempo que temos juntos, tem o fato de que ele é a única pessoa que gosta de ir nos mesmos lugares que eu -ainda gosto- de ir. Tô ficando velha? Tô. Sem pique pra passar noites em claro. Mais na minha e pans, nem vejo mal nisso. Na verdade esse post nem é pra vocês. É pra mim mesma que, puta que pariu, preciso escrever qualquer coisa pra me sentir menos pior. Sabe quando você entra numa situação difícil e tem que penar pra sair dela? Tô nessa. Achando que da noite pro dia as coisas podem mudar, mas não é bem assim. Auto-estima já ficou comprometida, tentando resgatar. Me sinto inerte, sem motivação. Boas notícias? Tenho sim: acho que ano que vem vou mesmo fazer o curso de mestrado que tanto quero. Fez um ano que conheci a pessoa maislindadomundo.com (meu namorado *-*), minha sobrinha (linda) veio ao mundo esse ano pra trazer a luz que tava faltando nessa casa. Tenho motivos pra ficar feliz, mas por que não consigo deitar a cabeça no travesseiro e ficar em paz, só eu sei. Até quando? Boa pergunta. Os meses passam  e as soluções cada vez mais distantes. Daí você vai me dizer que eu preciso buscá-las. Sabe Deus onde, né. Deus. É, eu acredito em Deus. Não em religiões.  Ok, isso soa bobo numa época em que ceticismo é moda, e tal. Mas enfim, tenho meus motivos pra acreditar assim como você tem os seus pra desacreditar. Olha, eu sei ser grata, sério. Também sei reconhecer meus erros e culpas. Mas sei também que isso não basta. Sei que preciso mudar de atitude em muitos aspectos também, tenho plena disposição pra isso. Mas, por hora, me vejo sem saber o que fazer, sério. Novidade, eu nunca soube.



E quer saber? Hoje eu só deixei que as palavras saíssem.