sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Recomeços.

São as únicas necessidades estáveis dessa minha vida mutante. Visualizo uma porta aberta pra mudanças, pra novas possibilidades, pro caminho que difere do percorrido até então. E se alguns planos não vingaram, resta revê-los, mudar de rota, traçar outros rumos...pra frente é que se anda e gosto de trilhar meu caminho assim: imprevisível. Sem saber o que está por vir, desconhecer o capítulo a seguir. É nisso que tenho apostado. E é o que tem funcionado.
Decidi desfazer os antigos blogs: eles atendiam a necessidades que se modificaram. Hoje tenho outras, que podem ser facilmente sintetizadas: vontade do que é novo. E se por um lado a solidão me incomoda, por outro sei que dos males é o menor. É nesse contato comigo que posso amadurecer melhor os resultados das minhas vivências e fazer um balanço do que tenho aprendido. Pra evitar sucessivos erros que-felizmente- fazem parte de um passado morto e sepultado.
Encontro-me seletiva como nunca estive. E mais lúcida também. Sigo à risca aquele ditado meio clichê, até: "Antes só que mal acompanhada." E não vejo problema nisso. Vejo problema em submeter-se a relações desprovidas de sentido por medo de enfrentar a solidão. E eu quero mais que isso. Quero o que é válido, que me complete ao invés de tirar coisas de mim. Quero companhia de verdade e não "solidão a dois". Tenho de volta "a paz, a paciência e a urgência que me levavam pela mão". E isto é o que importa. O resto, deixo a cargo da vida, que a minha parte eu fazendo.
Que venham as transformações: serão bem vindas. E se não vierem, não tem problema: eu as faço acontecer!
"Todo dia é assim, nem me lembro desde quando.
Sem ensaio, nem rascunho, o caminho a gente faz andando."
(H.Gessinger)

4 comentários:

Felipe Lucena disse...

Recomeçar é fundamental. Recomeçar é mudar o que muitas vezes não coemçou bem. E pra continuar no clima de H Gessinger: só a mudança é permanente.

Palavrador disse...

Olá moça! Obrigado pela visita e pela opinião, gostei muito. Gosto de ponto de vistas diferentes, para ponderar as minhas convicções. Li seu texto, de seu novo blog, de sua nova postura. Vou dizer uma coisa que aprendi: não se enterra e sepulta um passado. Se vive a cada dia, é digerido, camuflado, fragmentado, e ficam-se os cacos. Também discordo do que você fala sobre a solidão. Ela não é solução para possíveis más companhias. O que é uma companhia de verdade? O que são relações providas de sentido? Acho que você racionaliza demais essas relações, espera demais, idealiza. Não existe uma fórmula para se relacionar, só digo, e é meu ponto de vista, que ela deve ser percebida mais a partir da esfera do sensível. Boas ou más companhias, na maior parte das vezes, depende de você, e não do outro. Frustrações fazem parte, e você não se define enquanto sujeito sem o outro. Portanto, não seja tão seletiva. As primeiras impressões quase nunca são as que ficam.

Desculpe-me se fui muito prolixo.

Mari ♥ disse...

Marcelo: Quando falo sobre más companhias, me refiro àquelas relações que nos desgastam, as quais todo mundo já teve ou terá um dia, mas não excluo minha parte de culpa, erros e responsabilidades quanto à elas.
Quanto à solidão, não dispenso o calor humano, mas há momentos em que sinto a necessidade de fechar pra balanço e pôr as idéias em ordem, e ela me passa a ser útil. E a expressão metafórica de sepultar o passado nada mais é do que o não pensar, escantear o que ficou pra trás, talvez essa expressão termine por agir no meu psicológico, de alguma forma, por isso gosto de usá-la.
Concordo com você que as primeiras impressões não são as que ficam, e é esse o cuidado que estou tendo agora: com as máscaras que as pessoas usam e que só caem qunado de fato, podemos conhecê-las melhor. :)

Gosto de ponto de vistas diferentes, para ponderar as minhas convicções. [2]

Deftones disse...

Normal que o Marcelo não suporte bem a ideia de passado sepultado: ele é estudante de História, salvo engano rs...

Mas de minha percepção, eu não diria que um passado não pode ser sepultado. Deve haver quem consiga mesmo. Eu, pelo menos, não consigo. O que passou pra mim é um presente de coisas. Tudo o que falo, o que penso, o que escrevo, é muito desorganizado na minha cabeça, porque é passado, presente e futuro em confusão, é fato e hipótese atreladas numa aglomeração catártica. É um lado intimista que é muito bagunçado e desordenado para uma personalidade que se mostra às vezes muito reservada. Mas cada um lida de uma maneira com o que viveu. A minha solução acho que é conviver com ele. Quanto ao que virá, é bom isso de não se manter preso às perspectivas convencionais. Viver do modo que se lhe apetece, porque as coisas virão quando o estado das coisas permitir, e não há nenhum determinismo nisso. Somos nós e nossas circunstâncias. Do teu olhar sobre a solidão, nada tenho a dizer: subscrevo tudo o que foi postado. Até a vista.